Bruxismo e DTM

A relação entre bruxismo e DTM é alvo de pesquisas e estudos há muito tempo. Ocorre que há uma dificuldade ao comparar os estudos, pelas seguintes razões:

  • Avanços na metodologia sobre presença de bruxismo e a especificação da DTM.
  • Existem diferenças de estudos entre apertar ou ranger os dentes mas não possuem verificação sobre nenhum tipo de DTM.
  • Os relatos dos pacientes bruxistas carregam influências nos resultados da pesquisa e confundem o diagnóstico, já que a dor na face pode ser um critério para a presença de bruxismo.
  • O desgaste dos dentes não está relacionado a DTM.
  • Experimentos que reproduzem o apertamento dental, causam dores agudas e durante um curto período, portanto não é a fonte para a dor crônica.
  • Não há distinção, em muitos estudos, sobre o bruxismo do sono e o da vigília.

Sobre este último ponto, um estudo sobre as relações de distúrbios do sono e DTM foi feito com a utilização de questionários, exame físico, limiar de dor térmico, algometria e polissonografia. Deste modo, avaliaram 53 indivíduos com dor miofascial referida (distúrbio em que a compressão sobre pontos sensíveis dos músculos causa dor em áreas do corpo aparentemente não relacionadas).

Concluíram então que 73,6% dos participantes, com relatos de bruxismo, apenas 17,3% apresentaram ocorrência durante a polissonografia (exame realizado durante o sono).

Dos distúrbios estudados, a insônia e a síndrome da apneia obstrutiva do sono foram relacionadas à sensibilidade à dor. Portanto, algo que se pode ter em mente é que a privação do sono reparador, aliada ao bruxismo em vigília, pode levar a dores na região facial.

Somente um profissional especialista em DTM poderá diagnosticar com precisão a real causa das dores orofaciais.

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